Santuário Arquidiocesano

Santuário Nossa Senhora da Conceição dos Pobres

07h

10h
18h
07h
19h
19h
- 1a Sexta-feira
18h
Todo mês - Todo dia 08 do mÊs

07h - Dias da semana e Domingo

10h - Sómente aos domingos

15h - Dias da semana (sábado não temos as 15h)

18h - Sábado e domingo a missa da noite é as 18h

19h - Dias da semana

Comunidade Sobradinho

Domingo
08h30

Comunidade Santa Edwiges

Domingo
17h

Comunidade Santa Teresinha

Quinta-feira
19h

Comunidade Vila Senhor dos Passos

Sábado
18h

Pixabay

Acordei desesperado porque no meu sonho, por mais que me esforçasse, não conseguia usar qualquer ferramenta online para saber onde estava o meu smartphone. Isso levou-me a questionar se o relacionamento com essa tecnologia é saudável.

Ao ler um livro sobre a importância de reclamar a conversação numa era tecnológica como a nossa, fiquei a saber que muitas pessoas referem-se ao seu smartphone como o «meu pequeno deus».

Na prática, através dessa tecnologia, literalmente nas nossas mãos, conseguimos editar o que dizemos, como aparecemos, e sobretudo quem passa algum tempo nas redes sociais começa, através dessas, a adquirir um sentido diferente de si mesmo. Pois, passam muito tempo a desempenhar o papel de uma versão melhor de si próprias. Depois, vem a dúvida, sou o eu-real não editado ou o eu-virtual editado?

O livro que me levou a pensar nisto é escrito por Sherry Turkle, ”Reclaiming Conversation”, e nele refere o que uma colega lhe diz diante deste desempenho que procuramos realizar através das redes sociais – «Tu perdes-te no teu desempenho.»

Qual a razão para investirmos tanto tempo nas redes sociais a editar a nossa vida se nos perdemos a nós mesmos? Penso que seja a falta de sentido e significado das nossas vulnerabilidades. Mas sabiam que estar confortável com as nossas vulnerabilidades é a causa central de uma vida mais feliz, criativa e produtiva?

O ser humano, apesar destes desafios culturais em que vive, é um ser resiliente. E a cura para recuperar o real sentido do sagrado que não passa pela tecnologia que temos nas nossas mãos e, assim, recuperar o verdadeiro sentido daquilo que somos, é o diálogo face-a-face.

Não precisamos de eliminar a tecnologia da nossa vida, mas desenvolver uma consciência plena (noofulness) dos efeitos profundos que tem em nós, de modo a usarmos o nosso smartphone com intenções mais claras e uma escolha de vida diferente onde esse não é um pequeno deus.

Miguel Oliveira Panão | IMissio

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