Santuário Arquidiocesano

Santuário Nossa Senhora da Conceição dos Pobres

07h

10h
18h
07h
19h
19h
- 1a Sexta-feira
18h
Todo mês - Todo dia 08 do mÊs

07h - Dias da semana e Domingo

10h - Sómente aos domingos

15h - Dias da semana (sábado não temos as 15h)

18h - Sábado e domingo a missa da noite é as 18h

19h - Dias da semana

Comunidade Sobradinho

Domingo
08h30

Comunidade Santa Edwiges

Domingo
17h

Comunidade Santa Teresinha

Quinta-feira
19h

Comunidade Vila Senhor dos Passos

Sábado
18h

De quantas máscaras somos feitos?

Não sei quantas máscaras temos. Não sei se sabemos quem somos para além das aparências que damos a conhecer aos que se cruzam connosco. Não sei se gostamos, sequer, do que somos quando nos vemos sozinhos e perante a nossa imagem mais profunda.

Sei, contudo, que vamos vivendo das máscaras que colocamos à frente do peito. Umas para nos proteger de pessoas menos boas. Outras para nos proteger de um mundo cada fez mais feroz e cheio de ameaças. Outras para nos protegermos de nós mesmos.

O perigo de viver atrás de muitas máscaras (porque, na verdade, ser-nos-á difícil ter uma só) é o de deixar de saber onde termina o que fabricamos para ser visto e o que é, de facto, verdadeiro. Sei que vivemos numa sociedade que premeia quem se esconde; quem se mascara; quem não mostra a essência do seu coração; quem não fala da sua vida; quem não dá pormenores sobre o que o/a faz sofrer; quem demonstra não ter fragilidades; quem não se emociona. Lamentavelmente, qualquer uma das opções acaba por se revelar um risco tremendo. O risco de deixar de sentir empatia pelos que sofrem. O risco de julgar que todos deveremos ser dotados de uma eficácia quase perfeita. O risco de não respeitar que os outros optem por viver despidos de véus e de máscaras.

Não gostamos de pessoas que se revelam. Temos medo delas porque nos fazem perceber que, talvez, passemos demasiado tempo escondidos atrás de muros que nos obrigamos a construir.

Talvez seja mais fácil viver mascarado e escondido. Mas quanto mais tempo passarmos assim, menos saberemos de nós e do calibre das nossas raízes.

Ainda que sejamos desafiados a fazer o contrário, vale a pena arriscar viver de uma forma mais leve, mais transparente, mais fiel ao que sentimos e ao que pensamos do mundo em que moramos.

O Carnaval já acabou. E o teu?

Marta Arrais | iMissio

VEJA TAMBÉM