Santuário Arquidiocesano

Santuário Nossa Senhora da Conceição dos Pobres

07h

10h
18h
07h
19h
19h
- 1a Sexta-feira
18h
Todo mês - Todo dia 08 do mÊs

07h - Dias da semana e Domingo

10h - Sómente aos domingos

15h - Dias da semana (sábado não temos as 15h)

18h - Sábado e domingo a missa da noite é as 18h

19h - Dias da semana

Comunidade Sobradinho

Domingo
08h30

Comunidade Santa Edwiges

Domingo
17h

Comunidade Santa Teresinha

Quinta-feira
19h

Comunidade Vila Senhor dos Passos

Sábado
18h
Você está em:

Advento: Semente de um tempo novo

De novo o advento. Regressar ao princípio. Refazer, como novidade absoluta, o caminho antigo. Assumir a transumância como método. Ser nómada em obediência à voz antiga, aquela que sobrevive entre uma multidão de ruídos, o apelo do deserto, «endireitai…», como quem diz, «despertai!».

Começar de novo. Hoje é sempre a primeira vez. Avançar. Assumir a tonalidade primeira, o acorde fundamental a partir do qual se compõe um hino à mais pura das alegrias. E não ter medo da alegria.

Ser tela onde a palavra já dita e redita mil vezes – amor, perdão, paz… – se desenha como Boa Nova. Hoje, de novo, porque amanhã não sei o que será.

Procurar os fios invisíveis que ligam a terra ao céu. Reparar as ligações que me ligam a ti e a Ti. E recolher as sementes da eternidade espalhadas, em noite de vendaval, por terras desconhecidas. Encher a taça e voltar a semear. Pacientemente. Com esperança. Basta a esperança.

Porque este tempo é um dom no qual se desconstrói e reconstrói a memória. Porque neste tempo voltamos a ser como crianças que andam à roda com as mesmas perguntas: «Onde fica Belém?», «quem são os homens do Oriente?», «quando é que chega o Natal?». E espreitamos, através da fé, o horizonte desconhecido à procura desse lugar, simples e despojado, onde Deus se fez homem.

Porque neste tempo somos de novo o adolescente sonhador que acredita no cumprimento da promessa repetida de geração em geração, «Amanhã é Natal, Ele há de vir de novo».

Porque neste tempo não queremos ser como casas pesadas de janelas fechadas e atulhadas de mobiliário comprado em tempo de promoção.

Este é o tempo de escavar as camadas da compreensão da verdade e aceder, ainda que de «maneira imperfeita», com uma fé ainda muito imperfeita, às razões do mistério de Deus feito menino.

É o tempo de aceitar ser um rebento enxertado no ramo de uma história milenar cujos frutos, sabe Deus, guardam as sementes de um novo advento.

P. Nélio Pita, CM
Publicado em 01.12.2018

VEJA TAMBÉM