Paróquia

Comunidade Nossa Senhora Aparecida

Domingo
07h - Rua Zilda Gama Nº 250- Bairro Havaí
Sexta-feira
19h30 - 1ª sexta feira do Mês: Rua Zilda Gama Nº 250 Bairro Havaí
Sábado
18h - Rua Zilda Gama Nº 250- Bairro Havaí
DE 03 A 12 DE OUTUBRO - NOVENA DE N. Sra. APARECIDA

19h

TODO 12 DE CADA MÊS - NOVENA ANUAL Á NOSSA SENHORA APARECIDA

19h30 - caso dia 12 caia no final de semana , a celebração será regida pelo horário do final de semana

Comunidade Santíssima Trindade

Domingo
08h30 - Rua Crisântemo Nº 301- Bairro Marajó
Terça-feira
19h30 - Rua Crisântemo Nº 301- Bairro Marajó
Sexta-feira
07h - 1ª sexta feira do Mês: Rua Crisântemo Nº 301- Bairro Marajó
2º DOMINGO APÓS PENTECOSTES - FESTA DA SANTÍSSIMA TRINDADE

08h

TODO DIA 21 DE CADA MÊS - DEDICADO AO CENTENÁRIO DA LEGIÃO DE MARIA

19h30 - caso dia 21 caia no final de semana , a celebração será regida pelo horário do final de semana

Comunidade Sagrada Família

Domingo
10h - Rua Peônia Nº 81- Bairro Havaí
19h - Rua Peônia Nº 81- Bairro Havaí
Quarta-feira
19h30 - Rua Peônia Nº 81- Bairro Havaí
3º DOMINGO DE AGOSTO - FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA

19h

3º DTC - A centralidade da Palavra de Deus

   3º Domingo do Tempo Comum:

Dia dedicado à valorização da Palavra de Deus

Homilia do 3º DTC

Estamos celebrando o domingo da terceira semana do tempo comum. O Papa Francisco há dois anos instituiu este domingo, o terceiro do tempo comum, como sendo o domingo da valorização da Palavra de Deus. Sabemos que todo domingo é dia da Palavra e dia da Eucaristia. Mas, de modo especial, este domingo foi escolhido para dizer que a Palavra de Deus precede até mesmo o nosso despertar pela manhã, nosso desejo de vir celebrar a Eucaristia. Tudo se move pela Palavra e é a partir dela que a nossa vida ganha sentido.

Na 1ª leitura de hoje, tomada da profecia de Jonas (Jn 3,1-5.10), ouvimos o relato já conhecido de todos nós. O texto sagrado vai dizer que esta já é a segunda vez que a Palavra de Deus é dirigida a Jonas. Conhecemos bem a história de Jonas. Um homem que foi resistente às coisas de Deus. Voltando um pouco no relato bíblico, vemos que quando Jonas foi chamado para ir até Nínive, capital da Assíria, terra daqueles que escravizaram o povo judeu; pela primeira vez para proclamar uma Boa Notícia para este povo, ele desobedeceu a Deus e se dirigiu para Társis. No entanto, estando na barca, foi surpreendido por uma tempestade e os demais tripulantes acabaram descobrindo que ele era a causa daquela tormenta e o lançaram no mar, onde foi engolido por um monstro marinho, um peixe. Mas a mesquinhez deste homem era tão grande que nem o monstro marinho conseguiu digeri-lo, vomitando-o na praia; para dizer que quando Deus chamou Jonas, quão grande foi sua resistência para que os planos de Deus dessem errado.

Sua resistência, no entanto, não parou por aí. Quando Jonas é convocado pela segunda vez para ir até Nínive, vai dizer a Palavra de hoje que era preciso três dias para percorrer toda a cidade, devido à grande extensão de Nínive. Jonas conseguiu fazer isso, e certamente mal feito, em apenas um dia. Embora ele tenha obedecido a Deus, apesar da resistência de Jonas e de seu péssimo exemplo devido à forma como passou a mensagem devida aos ninivitas, Deus ainda conseguiu tirar um bem. Com um dia apenas, todo o povo de Nínive deu atenção à Palavra de Deus. E aquilo que eles levariam quarenta dias para cumprir, ou seja, para se converter, em apenas um dia eles o fizeram em adesão à Palavra de Deus.

Às vezes do mau exemplo, da falta de fé, do descaso, da indiferença, da pouca caridade de alguém, Deus pode extrair algo muito bom. Na verdade não deveria ser assim. Mas Deus soube se servir desse péssimo exemplo, dessa má vontade de um de seus enviados para beneficiar aquele povo através daquele único dia. Do maior ao menor, do superior ao inferior, todos fizeram jejum, se vestiram de sacos e se voltaram para Deus. A leitura se conclui dizendo que Deus se arrependeu do mal com o qual havia ameaçado aquele povo e não o fez.

Seguindo mais adiante no texto sagrado, temos a imagem de Jonas debaixo de um junípero. Conhecemos essa passagem. É importante ler o livro de Jonas. Ele nos leva à reflexão. Depois de todo o diálogo que envolve esta parábola, Jonas vai compreender que o que lhe falta é um olhar de misericórdia. Ele não conseguia aceitar que Deus pudesse querer bem a outro povo que não fosse o povo judeu. É visível a falta de misericórdia e de paciência desse homem quando não se contenta com a conversão das outras pessoas, no caso, os ninivitas.

No Evangelho de hoje, na narração de São Marcos (Mc 1, 14-20), nós ouvimos que Jesus convida alguns homens para segui-lo. É interessante que eles eram todos pescadores. Era o único ofício que eles sabiam fazer era pescar peixes e logo Jesus os convida para outra missão. O texto sagrado continua dizendo que Simão e André imediatamente deixaram as redes e seguiram a Jesus. Certamente o deixar as redes não era sinal de abandoná-las, mas de transmitir e repassar seu ofício à outros para que pudessem abraçar a nova missão. Depois vemos Tiago e João, filhos de Zebedeu, que estavam com seu pai consertando as redes. Eles também deixaram o pai e foram seguir Jesus.

Aqui temos um contraponto da atitude de Jonas que fez uma resistência, chegou a ser tão mesquinho a essa louvação da atitude dos apóstolos, que imediatamente se colocaram a disposição. A missão só dará frutos se, de fato, nos colocarmos a disposição.

Por que as vezes a conversão das pessoas, ou até mesmo a nossa própria, se alonga? Pela nossa resistência de promover a evangelização. Nessa resistência de Jonas se perpetua a resistência de muitos outros evangelizadores. Façamos um exemplo: As vezes um pároco ou bispo chama um padre para ir para uma comunidade de periferia e o padre faz resistência, desobedecendo ao chamado feito. Isso é muito grave. Outro exemplo: O padre convida um coordenador para mudar de coordenação, assumir outra missão conforme as necessidades da paróquia, e o mesmo age como Jonas, fazendo essa resistência, comprometendo não apenas o evangelizador, mas toda a missão. Embora Deus aja de forma independente dos nossos méritos para fazer frutificar sua ação evangelizadora, conforme vimos na primeira leitura. Mas também faz uso da nossa resistência, da nossa má vontade para extrair um bem. O importante é que cada um esteja atento, pois o Reino de Deus só se constrói assim: na obediência a vontade do Senhor e não à nossa própria vontade. Quando Deus chama, Ele sabe porque está chamando. O importante é que cada um confie no Senhor e na sua Palavra.

Pe. Anderson Soares – Pároco

 

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