Santuário Arquidiocesano

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[Dica Literária] “Que padres… para a Igreja?”: padre Elias Souza recomenda leitura que marcou início de sua vida consagrada

Era começo da década de 1990 quando padre Elias Souza, pároco da Igreja de Santo Antônio, tomou a decisão de ingressar para o Seminário Arquidiocesano Coração Eucarístico de Jesus (Sacej), iniciando sua formação para a Vida Consagrada. Naquele tempo, se sentiu tocado pelo pensamento do padre alemão Bernhard Häring. A obra do sacerdote e teólogo, “Que padres… para a Igreja?”, o cativou naquele momento da juventude e, desde então, o acompanha como leitura de “cabeceira”:  “O livro é um testemunho de amor crítico à Igreja”, observa padre Elias, reforçando que a obra de Bernhard Häring chama atenção por sua atualidade: “por tratar da moral, um tema complexo, sem o que chamamos de moralismos, revelando uma Igreja misericordiosa.”

A publicação, compartilhada nesta Dica Literária, aborda a ideia de que é possível criticar falhas, sem assumir postura legalista, mas sim, misericordiosa. “A Igreja é feita por homens, mas ao mesmo tempo, é divina”, reforça padre Elias.

Leitor desde a infância, padre Elias Souza se sente bem em bibliotecas,  livrarias e nos sebos, onde garimpa livros usados e esquecidos. Sua leitura é constante e variada, desde os livros de formação, até autores como Rubem Alves e o monge alemão Anselm Grüm. Tem curioso interesse também pelos livros didáticos, mantém uma relíquia que foi do seu avô e depois do seu pai, uma antiga publicação na área das humanidades, do qual ele agora é guardião afetivo.

Psicólogo, padre Elias é também escritor. Sua primeira obra, Jesus e o Pequeno Príncipe foi o resultado de muitos anos de estudos e investigação. O seu mais recente livro, Complexo de Zaqueu, traz uma proposta muito interessante. Foi escrito durante nove meses da pandemia, o “tempo de uma gestação”, tendo como inspiração a Leitura Orante. Como os grupos ficaram impedidos de se encontrar, padre Elias desenvolveu o livro que pode ser lido, de forma individual, ou em pequenos grupos, para ser também uma prática independente da Leitura Orante. Em seus grupos, trabalha com personagens bíblicos, onde cada pessoa é convidada a refletir sobre aquele personagem que mais lhe chama atenção. Assim, ao longo dos anos, Padre Elias observou que  Zaqueu era o personagem mais escolhido pelas pessoas e por isso inspirou o Complexo de Zaqueu, que reflete sobre os sentimentos de rejeição e inferioridade, páginas que convidam à meditação e oração.