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[Artigo] O amor fundamental de Deus – Neuza Silveira -Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte

Assim Jesus Disse: “Amarás o Senhor, Teu Deus, de todo o coração, de toda tua alma e de todo o teu pensamento. Amarás a teu próximo como a ti mesmo”.

Jesus, ao ensinar a viver o amor fundamental ele está cumprindo o que diz a Palavra dirigida a todo o seu povo: “Escute, povo de Israel! O senhor, e somente o Senhor, é nosso Deus” (Dt 6,4). Daí, entendemos quer o amor a Deus e ao irmão se apreende e se exercita, antes de tudo, na experiência da escuta do filho à voz do Pai. Jesus nos convida a ouvir o Pai, fazer sua vontade, se importar com ele, a valorizar as coisas que ele diz. Dessa forma é que se percorre o caminho do aprendizado do amor cujo ápice será a participação no mistério da cruz.

Como caminhar no amor Deus

Todos são convidados a fazer a experiência do amor de Deus e se relacionar bem com Ele. Ao nos enviar seu filho muito amado, aquele que por meio do seu sangue nos libertou dos nossos pecados, fez de nós um reino de sacerdotes e nos convida, através do batismo, a nos colocar a serviço desse Reino de amor. Um reino que não é como este aqui na terra, mas um Reino governado por aquele que é, que era e que vem, aquele que é o “Alfa e o Ômega” o “princípio e o fim: o “Rei do Universo”. Chamados a viver nesse reino, devemos procurar a entender esse amor que o Filho amado nos ensinou, antes com sua presença física, depois com sua presença amorosa e espiritual. Uma relação de amor que acontece quando se busca e procura entender o valor real da vida. Assim entenderemos o que Jesus disse: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna. (Jo, 3,16).

Ao nos interessarmos por Deus, começaremos a entender que são as nossas relações aqui, para com os outros, que ajudam ou impedem esse relacionamento. Se as nossas relações de amor são voltadas para o outro é fácil amar a Deus pelo que ele é, e perceber o seu amor. Mas quando não conseguimos amar as pessoas pelo que elas são, amar a Deus pelo que ele é se torna difícil.

Se a prática das pessoas é amar e valorizar às outras pelo que elas têm, assim se torna difícil o relacionamento com Deus, pois vai valorizá-lo pelo o que ele tem, e não pelo que ele é.  Dessa forma a aproximação que se faz de Deus é para alcançar algo que deseja para si e acaba não percebendo tantas outras coisas que ele está oferecendo.

Jesus, enquanto Rei, ele é o nosso pastor, aquele que reúne, cuida e conduz às pastagens verdejantes ao rebanho de Deus. A sua vida e sua presença gloriosa nos iluminam, fazendo com que cada um de nós sejamos capazes de nos colocar diante de nossas verdades, assim como Jesus é para nós o Rei da verdade, viveu a sua existência terrena fazendo o bem e manifestando às pessoas o amor e a misericórdia de Deus. Jesus anuncia um Reino de amor, de verdades, de luzes. O Reino de Deus anunciado não passa pelas armas, pela violência e nem pela política. Temos todos os exemplos de sua forma de vida retratada nos ensinamentos dos Evangelhos.

Vamos refletir: Como está a minha prática do amor aos irmãos? À natureza? Sei que muitos convidados de Jesus não aceitaram o seu convite porque estavam ocupados com outros interesses. E eu? Estou disposta a aceitá-lo na minha vida?

Para contemplar: “Eu sou a Luz do mundo. Quem me segue terá a luz da vida e nunca andará na escuridão”. Assim disse Jesus.

 

Neuza Silveira de Souza. Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte.