meu dia em oração
Se você compreendesse hoje o caminho da paz
Sob o reinado de Antíoco, os israelitas se afastam de sua tradição. A covardia se mostra com força. Muitos aderem aos novos costumes e seguem as determinações do rei. A leitura apresenta um foco de resistência – o destemido Matatias, seguido por seus filhos.
1ª Leitura
Os funcionários do rei chegaram à cidade de Modin para fazer o povo mudar de religião e oferecer sacrifícios. Muitos israelitas aderiram a eles, porém Matatias e seus filhos ficaram de lado. Os funcionários do rei disseram a Matatias: «Você é personagem ilustre, homem importante nesta cidade, apoiado por filhos e parentes. Então saia na frente para cumprir as determinações do rei, conforme fizeram todas as nações, os cidadãos de Judá e os que ficaram em Jerusalém. Assim, você e seus filhos passarão a fazer parte dos amigos do rei e serão recompensados com prata, ouro e muitos presentes». Matatias respondeu em voz alta: «Mesmo quando todas as nações que moram dentro dos domínios do rei obedecerem à sua ordem e abandonarem a religião dos seus antepassados para se conformarem com as determinações dele, eu, meus filhos e meus parentes continuaremos vivendo de acordo com a Aliança dos nossos antepassados. Deus nos livre de abandonar a Lei e as tradições! Não! Nós não vamos obedecer às ordens do rei. Não vamos nos desviar da nossa religião, nem para a direita, nem para a esquerda».
Foi só Matatias acabar de falar isso, um judeu tomou a frente, diante de todos, para oferecer o sacrifício no altar de Modin, seguindo as determinações do rei. Vendo isso, Matatias se indignou, tremeu de raiva e, num impulso da ira santa, avançou sobre o apóstata e o matou sobre o altar. Imediatamente matou também o funcionário do rei, que obrigava o povo a oferecer o sacrifício, e demoliu o altar. Ele estava agindo por amor à Lei, do mesmo modo como Fineias fez com Zambri, filho de Salu. Depois disso, Matatias saiu gritando pela cidade: «Quem tiver amor pela Lei e quiser permanecer na Aliança, que me acompanhe». Ele e seus filhos fugiram para as montanhas, abandonando na cidade tudo o que possuíam. Muitos que amavam a justiça e o direito desceram para o deserto e aí ficaram. (1Mc 2,15-29)
Salmo ou Hino
Senhor, o Deus dos deuses, fala, convocando a terra: «Reúnam junto a mim meus fiéis! Que o céu proclame a sua justiça, pois o próprio Deus vai julgar. Ofereça a Deus um sacrifício de confissão. Invoque-me no dia da angústia: eu o livrarei. Quem me oferece um sacrifício me glorifica; e a quem segue o bom caminho, eu mostrarei a salvação de Deus.» (Sl 50,1-2.5-6.14-15.23b)
Evangelho do dia
Jesus se aproximou de Jerusalém, e quando viu a cidade, começou a chorar. E disse: «Se também você compreendesse hoje o caminho da paz! Agora, porém, isso está escondido aos seus olhos! Vão chegar dias em que os inimigos farão trincheiras contra você, cercá-la-ão e a apertarão de todos os lados. Eles esmagarão você e seus filhos, e não deixarão em você pedra sobre pedra. Porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio para visitá-la.» (Lc 19,41-44)
Vivendo a Palavra
Chegando a Jerusalém pela última vez, o Mestre chora sobre a cidade. As lágrimas de Jesus não são um lamento antecipado por seus sofrimentos, mas um grito indignado pela ingratidão da humanidade, incapaz de reconhecer o infinito Amor de Seu Pai e nosso Pai, de Seu Deus e nosso Deus, que a todos nos envolve.
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a capacidade de chorar. Não lágrimas estéreis de queixas e lamúrias por sonhos e desejos egoísticos insatisfeitos, mas lágrimas férteis de compaixão pelos companheiros de caminhada que se perdem nos descaminhos dos prazeres enganosos e efêmeros. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Como foi seu momento de oração?
Que mensagem ficou em seu coração? Deixe seus comentários.