meu dia em oração
Perdão sem limites: “Não até sete, mas até setenta vezes sete”
Em meio ao suplício do fogo, um dos jovens, Azarias, coloca-se diante do Senhor. Uma oração que devemos tomar como modelo: fala na Promessa e na Fidelidade de Deus, nas traições do povo e no sofrimento que elas estavam causando, mas, sobretudo, fala na Esperança depositada em Deus.
1ª Leitura
Azarias, de pé, soltando a voz no meio do fogo, rezou: «Não nos entregues para sempre, não rejeites a tua Aliança, por causa do teu Nome. Não retires de nós a tua Misericórdia, por amor a Abraão, o teu amigo, por amor a Isaac, o teu servo, e a Israel, o teu santo. A eles Tu falaste, prometendo que a descendência deles seria tão numerosa como as estrelas do céu e como a areia que existe à beira-mar. No entanto, Senhor, nós estamos diminuídos no meio de todas as nações; estamos hoje humilhados na terra inteira, por causa dos nossos pecados. Neste nosso tempo, não há chefe, profeta ou dirigente, nem holocausto, sacrifício, oferenda ou incenso; não existe lugar onde Te oferecer os primeiros frutos e alcançar Misericórdia. Mas, com alma despedaçada e espírito humilhado, sejamos aceitos como se viéssemos com holocaustos de touros e milhares de gordos carneiros. Seja esse o sacrifício que Te oferecemos e, diante de Ti, que ele seja completo, pois jamais haverá decepção para os que confiam em Ti. Mas agora nós vamos seguir-Te de todo o coração; nós vamos temer-Te e procurar a tua Face. Ah! Não nos deixes decepcionados, mas age conosco com toda a tua Bondade e conforme a abundância de tua Misericórdia. Liberta-nos, segundo as tuas maravilhas, e glorifica o teu Nome, Senhor.» (Dn 3,25.34-43)
Salmo ou Hino
Mostra-me os teus Caminhos, Senhor. Ensina-me, pois Tu és o meu Deus Salvador. Senhor, não Te lembres de meus desvios, nem dos pecados da minha juventude. Lembra-Te conforme o teu Amor, por causa da tua Bondade. O Senhor é Bondade e Retidão, e aponta o Caminho aos pecadores. Ele encaminha os pobres conforme o Direito e ensina aos pobres o seu Caminho. (Sl 25,4b-9)
Evangelho do dia
Naquele momento, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não lhe digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, levaram a ele um que devia dez mil talentos. Como o empregado não tinha com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher, os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, ajoelhado, suplicava: ‘Dá-me um prazo. E eu te pagarei tudo’. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado, e lhe perdoou a dívida. Ao sair daí, esse empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia cem moedas de prata. Ele o agarrou, e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague logo o que me deve’. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dê-me um prazo, e eu pagarei a você’. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão, e lhe contaram tudo. O patrão mandou chamar o empregado, e lhe disse: ‘Empregado miserável! Eu lhe perdoei toda a sua dívida, porque você me suplicou. E você, não devia também ter compaixão do seu companheiro, como eu tive de você?’ O patrão indignou-se, e mandou entregar esse empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que fará com vocês o meu Pai que está no Céu, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.» (Mt 18,21-35)
Vivendo a Palavra
A grande lição que acabamos de ouvir do Mestre é que podemos sentir-nos infinitamente perdoados pelo Pai. E que, por tudo isso, sejamos agradecidos! A gratidão se mostrará nas relações fraternas com os peregrinos que caminham conosco rumo à Casa do Amor, e no sentimento de filhos que temos uma certeza: somos todos muito amados pelo Pai.
Oração Final
Pai amantíssimo, estendemos a Ti as nossas mãos suplicantes e agradecidas, pedindo que nos livres de condenar nossos irmãos. E pedimos mais: que nos livres até mesmo de julgá-los. Que nós tenhamos um olhar desarmado e cheio de gratidão para a humanidade e o universo que Tu criaste, tornando-nos fontes de Paz, fraternidade e Esperança para todos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Como foi seu momento de oração?
Que mensagem ficou em seu coração? Deixe seus comentários.