meu dia em oração

Abrão e seu sobrinho Ló se separam, sem prejuízo de seu relacionamento fraternal. O Senhor se manifesta ao Patriarca, prometendo-lhe a posse da terra e descendência numerosa. O Senhor já se apresentava, desde então, como um Deus próximo e amigo.

1ª Leitura

Abrão era muito rico em rebanhos, prata e ouro. Ló, que o acompanhava, também possuía ovelhas, bois e tendas, de modo que não podiam viver juntos na terra, porque suas posses eram tão grandes que não podiam morar juntos. Por isso, houve discussões entre os pastores de Abrão e os de Ló. Nesse tempo, os cananeus e ferezeus habitavam nessa terra. Abrão disse a Ló: «Não haja discussões entre nós, nem no meio de nossos pastores, porque somos irmãos. A terra inteira está diante de você. Por isso lhe peço que se separe de mim. Se você for para a esquerda, eu irei para a direita; se você for para a direita, eu irei para a esquerda». Ló ergueu os olhos e viu que o vale do Jordão, até a entrada de Segor, era todo irrigado; isso antes que o Senhor destruísse Sodoma e Gomorra: parecia o jardim do Senhor ou o Egito. Ló escolheu para si todo o vale do Jordão e emigrou para o oriente. E assim os dois irmãos se separaram. Abrão morou em Canaã, e Ló nas cidades do vale, armando suas tendas até Sodoma. Os habitantes de Sodoma eram grandes criminosos e pecavam contra o Senhor. O Senhor disse a Abrão, depois que Ló se separou dele: «Erga os olhos, e aí, do lugar onde você está, olhe para o norte e para o sul, para o oriente e para o ocidente. Eu darei toda a terra que você está vendo, a você e à sua descendência, para sempre. Tornarei a sua descendência como a poeira da terra: quem puder contar os grãos de poeira da terra, poderá contar seus descendentes. Levante-se, e percorra esta terra no seu comprimento e na sua largura, pois Eu a darei a você». Abrão levantou a tenda e foi estabelecer-se junto ao Carvalho de Mambré, que está em Hebron, e aí construiu um altar em honra do Senhor. (Gn 13,2.5-18)

Salmo ou Hino

Senhor, quem pode habitar em teu Monte Santo? Quem age na integridade e na justiça, fala sinceramente o que pensa e não usa a língua para caluniar; não prejudica seu próximo, e não difama seu vizinho; honra os que temem ao Senhor; sustenta o que jurou, mesmo com prejuízo seu; não empresta dinheiro com juros, nem aceita suborno contra o inocente. (Sl 15,1b-5)

Evangelho do dia

No alto da Montanha, Jesus prossegue ensinando aos discípulos: «Não deem aos cães o que é santo, nem atirem pérolas aos porcos; eles poderiam pisá-las com os pés e, virando-se, despedaçar vocês. Tudo o que vocês desejam que os outros façam a vocês, façam vocês também a eles. Pois nisso consistem a Lei e os Profetas. Entrem pela porta estreita, porque é larga a porta e espaçoso o caminho que levam para a perdição, e são muitos os que entram por ela! Como é estreita a porta e apertado o caminho que levam para a Vida, e são poucos os que a encontram!» (Mt 7,6.12-14)

Vivendo a Palavra

O Mestre de Nazaré adverte para não banalizarmos o Divino. O Pai nos ama e nos quer como filhos, mas nós não podemos nos acostumar com essa certeza, perdendo o encantamento com o Sublime e o Maravilhoso. Não permitamos que as nossas relações com o Mistério Sagrado se tornem apenas uma rotina e nossas almas fiquem mornas, preguiçosas e desencantadas.

Oração Final

Pai amantíssimo, permite-nos realizar o que mais desejamos: celebrar o teu Amor inefável em todos os momentos de nossa vida. Mas, querido Pai, que essa repetição diária não se torne rotina; que não nos acostumemos com o teu Mistério de Amor e mostremos sempre para os irmãos o brilho do encantamento nos nossos olhos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.