meu dia em oração
Pai, perdoa-nos, assim como perdoamos a quem nos ofende
O Livro de Daniel, descrevendo cenas no exílio na Babilônia (hoje, descreve a oração de Azarias, na fogueira), oferece visões alentadoras para quem foi sempre perseguido ao longo da sua história. Fala da fidelidade do Senhor, das traições do povo e, como sempre, prega a conversão.
1ª Leitura
Azarias, de pé, soltando a voz no meio do fogo, rezou: Não nos entregues para sempre, não rejeites a tua Aliança, por causa do teu Nome. Não retires de nós a tua Misericórdia, por amor a Abraão, o teu amigo, por amor a Isaac, o teu servo, e a Israel, o teu santo. A eles Tu falaste, prometendo que a descendência deles seria tão numerosa como as estrelas do céu e como a areia que existe à beira-mar. No entanto, Senhor, nós estamos diminuídos no meio de todas as nações; estamos hoje humilhados na terra inteira, por causa dos nossos pecados. Neste nosso tempo, não há chefe, profeta ou dirigente, nem holocausto, sacrifício, oferenda ou incenso; não existe lugar onde Te oferecer os primeiros frutos e alcançar misericórdia. Mas, com alma despedaçada e espírito humilhado, sejamos aceitos como se viéssemos com holocaustos de carneiros, touros e milhares de carneiros gordos. Seja esse o sacrifício que Te oferecemos e, diante de Ti, que ele seja completo, pois jamais haverá decepção para os que confiam em Ti. Mas agora nós vamos seguir-Te de todo o coração; nós vamos temer-Te e procurar a tua Face. Ah! Não nos deixes decepcionados, mas age conosco com toda a tua bondade e conforme a abundância de tua Misericórdia. Liberta-nos, segundo as tuas maravilhas, e glorifica o teu Nome, Senhor. (Dn 3,25.34-43)
Salmo ou Hino
Mostra-me os teus Caminhos, Senhor. Guia-me com tua Verdade. Ensina-me, pois Tu és o meu Deus salvador. Senhor, lembra-te da tua compaixão e do teu Amor, que existem desde sempre. Não Te lembres dos pecados da minha juventude. O Senhor aponta o caminho aos pecadores. Ele encaminha os pobres conforme o Direito, e ensina aos pobres o seu Caminho. (Sl 25,4b-9)
Evangelho do dia
Naquela hora, Pedro aproximou-se de Jesus, e perguntou: «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não lhe digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, levaram a ele um que devia dez mil talentos. Como o empregado não tinha com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, ajoelhado, suplicava: ‘Dá-me um prazo. E eu te pagarei tudo’. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado, e lhe perdoou a dívida. Ao sair daí, esse empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia cem moedas de prata. Ele o agarrou, e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague logo o que me deve’. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dê-me um prazo, e eu pagarei a você’. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão, e lhe contaram tudo. O patrão mandou chamar o empregado, e lhe disse: ‘Empregado miserável! Eu lhe perdoei toda a sua dívida, porque você me suplicou. E você, não devia também ter compaixão do seu companheiro, como eu tive de você?’ O patrão indignou-se, e mandou entregar esse empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que fará com vocês o meu Pai que está no Céu, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.» (Mt 18,21-35)
Vivendo a Palavra
O perdão incondicional e sem limites – setenta vezes sete! – deve ser uma característica marcante dos discípulos missionários de Jesus de Nazaré. Lembremos o compromisso que fazemos cada vez que oramos como Ele nos ensinou: ‘perdoa-nos, Pai Nosso, as nossas ofensas, do mesmo jeito com que nós perdoamos aos irmãos que nos ofendem!’
Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a gratidão pelos benefícios recebidos dos irmãos, mas, antes de tudo, ensina-nos o perdão. Muito além de esquecer, perdoar é lembrar com ternura quando nos julgamos ofendidos. Que a nossa presença seja sinal do Amor com que amas e do perdão que concedes. Por Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Como foi seu momento de oração?
Que mensagem ficou em seu coração? Deixe seus comentários.