meu dia em oração
Pai, liberta-nos, para vivermos a compaixão, verdadeiro jejum
Isaías se dirige ao ‘resto de Israel’ – o pequeno grupo de fiéis que havia retornado do cativeiro na Babilônia. É como a última semente lançada na terra ressequida, esperando uma gota de chuva. O Profeta ensina que a verdadeira piedade não se concretiza no jejum ritual, mas em soltar algemas injustas, as amarras do jugo que escraviza; em repartir o pão com o faminto e acolher em casa o pobre sem abrigo.
1ª Leitura
Grite a plenos pulmões, sem parar; solte como trombeta o som da sua voz; mostre ao meu povo os seus crimes e faça a casa de Jacó conhecer os seus pecados. Dia após dia, eles parecem Me procurar, mostram desejo de conhecer os meus Caminhos; parecem povo que pratica a Justiça e que nunca se esquece do Direito do seu Deus. Eles vêm Me pedir as regras da Justiça, eles querem estar perto de Deus. E dizem: «Por que jejuamos, e Tu não viste? Por que nos humilhamos totalmente, e nem tomaste conhecimento?» Acontece que, mesmo quando estão jejuando, vocês só cuidam dos próprios interesses e continuam explorando quem trabalha para vocês. Vejam! Vocês jejuam entre rixas e discussões, dando socos sem piedade. Não é jejuando dessa forma que farão chegar lá em Cima a voz de vocês. Vejam! O jejum que Eu aprecio, o dia em que uma pessoa procura se humilhar, não deve ser desta maneira: curvar a cabeça como se fosse uma vara, deitar de luto na cinza… É isso que vocês chamam de jejum, um dia para agradar ao Senhor? O jejum que Eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e despedaçar qualquer jugo; repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu, e não se fechar à sua própria gente. Se você fizer isso, a sua luz brilhará como a aurora, suas feridas vão sarar rapidamente, a Justiça que você pratica irá à sua frente e a Glória do Senhor virá acompanhando você. Então você clamará, e o Senhor responderá; você chamará por socorro, e o Senhor responderá: «Estou aqui!» (Is 58,1-9a)
Salmo ou Hino
Lava-me da minha injustiça e purifica-me do meu pecado! Porque eu reconheço a minha culpa, e o meu pecado está sempre na minha frente; pequei contra Ti, praticando o que é mau aos teus olhos. Pois Tu não queres sacrifício, e nenhum holocausto Te agrada. Meu sacrifício é um espírito contrito. Um coração contrito Tu não o desprezas. (Sl 51,3-6a.18-19)
Evangelho do dia
Naquela hora, discípulos de João se aproximaram de Jesus, e perguntaram: «Nós e os fariseus fazemos jejum. Por que os teus discípulos não fazem jejum?» Jesus respondeu: «Vocês acham que os convidados de um casamento podem estar de luto, enquanto o Noivo está com eles? Mas chegarão dias em que o Noivo será tirado do meio deles. Aí então eles vão jejuar.» (Mt 9,14-15)
Vivendo a Palavra
Jesus não ‘fazia’ jejum para cumprir uma norma. O jejum simplesmente acontecia: Ele Se esquecia de Si mesmo, naturalmente… Tudo decorria das prioridades que Ele elegia: a melhor parte do seu tempo era dedicada à oração, encontro pessoal com o Pai. Permanecia em silêncio, enlevado, até que fosse descoberto pela multidão que merecia dele atenção e cuidado. E não lhe restava tempo para cuidar das carências do próprio corpo. Isaías profetizou isso quinhentos anos antes…
Oração Final
Pai amado, a quem devemos honras e louvores, nós cantaremos para Ti um Canto Novo! Liberta-nos da escravidão dos ritos estabelecidos e nos introduz no verdadeiro jejum – aquele que ‘acontece em nós’ quando nos esquecemos de nós mesmos: ou nos momentos de encontro contigo – a nossa Oração – ou para acudir às necessidades dos companheiros da caminhada. Por Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Como foi seu momento de oração?
Que mensagem ficou em seu coração? Deixe seus comentários.