meu dia em oração
Pai, faze-nos terra boa para a semente da Palavra plantada por Jesus
Na sua Primeira Carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo faz uma sugestiva analogia para o Mistério da Ressurreição: assim como semeamos o grão e ele, morrendo, renasce como uma planta nova, também nós precisamos ser semeados para voltarmos à Vida em um corpo incorruptível.
1ª Leitura
Todavia, alguém dirá: «Como é que os mortos ressuscitam? Com que corpo voltarão?» Insensato! Aquilo que você semeia não volta à vida, a não ser que morra. E o que você semeia não é o corpo da futura planta que deve nascer, mas simples grão de trigo ou de qualquer outra espécie. O mesmo acontece com a ressurreição dos mortos: o corpo é semeado corruptível, mas ressuscita incorruptível; é semeado desprezível, mas ressuscita glorioso; é semeado na fraqueza, mas ressuscita cheio de força; é semeado corpo animal, mas ressuscita corpo espiritual. Se existe um corpo animal, também existe um corpo espiritual, pois a Escritura diz que Adão, o primeiro homem, tornou-se um ser vivo, mas o último Adão tornou-se espírito que dá a vida. Primeiro, não foi feito o corpo espiritual, mas o animal, e depois o espiritual. O primeiro homem foi tirado da terra e é terrestre; o segundo homem vem do Céu. O homem feito da terra foi o modelo dos homens terrestres; o homem do Céu é o modelo dos homens celestes. E assim como trouxemos a imagem do homem terrestre, assim também traremos a imagem do homem celeste. (1Cor 15,35-37.42-49)
Salmo ou Hino
Tem piedade de mim, ó Deus, porque me atormentam e me perseguem; em Deus, cuja Promessa eu louvo, nesse Deus eu confio, e não temerei! O que pode um mortal fazer contra mim? Todos os dias eles discutem e planejam, maquinando o mal contra mim. Meus inimigos recuarão quando eu Te invocar, e assim eu saberei que Tu és o meu Deus. Eu mantenho os votos que fiz a Ti ó Deus, porque livraste da morte a minha vida, e meus pés de uma queda, para que eu ande na presença de Deus, na Luz dos Vivos. (Sl 56,10-14)
Evangelho do dia
Naquele dia juntou-se uma grande multidão, e de todas as cidades as pessoas iam até Jesus. Então Ele contou esta parábola: «O semeador saiu para semear a sua semente. Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os passarinhos foram e comeram tudo. Outra parte caiu sobre pedras; brotou e secou, porque não havia umidade. Outra parte caiu no meio de espinhos; os espinhos brotaram junto e a sufocaram. Outra parte caiu em terra boa; brotou e deu fruto, cem por um.» Dizendo isso, Jesus exclamou: «Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.» Os discípulos perguntaram a Jesus o significado dessa parábola. Jesus respondeu: «A vocês foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus. Mas, aos outros Ele vem por meio de parábolas, para que olhando não vejam, e ouvindo não compreendam. A parábola quer dizer o seguinte: a semente é a Palavra de Deus. Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouviram; mas, depois chega o diabo e tira a Palavra do coração deles, para que não acreditem, nem se salvem. Os que caíram sobre a pedra são aqueles que, ouvindo, acolheram com alegria a Palavra. Mas eles não têm raiz: por um momento, acreditam; mas na hora da tentação voltam atrás. O que caiu entre os espinhos são aqueles que ouvem, mas, continuando a caminhar, se afogam nas preocupações, na riqueza e nos prazeres da vida, e não chegam a amadurecer. O que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo de coração bom e generoso, conservam a Palavra, e dão fruto na perseverança.» (Lc 8,4-15)
Vivendo a Palavra
Ouvimos hoje uma parábola interpretada pelo próprio Mestre: a semente é a Palavra de Deus, que é lançada aos quatro lados do vento, sem discriminação. A colheita vai depender do terreno que a recebe, mas também do cuidado do agricultor. A vigilância permanente que Jesus recomenda aos discípulos se traduz no preparo do nosso coração – terreno que recebe a semente da Palavra – e também no cuidadoso cultivo da plantinha que nasce, até que ela se torne uma árvore produtiva, capaz de abrigar os pássaros do céu e dar sombra aos homens fatigados.
Oração Final
Pai misericordioso, faze-nos terra boa e acolhedora para a semente da Palavra plantada em nós por Jesus de Nazaré, nosso Irmão Maior, o teu Filho Unigênito que nos deste por Amor. Ajuda-nos, amado Pai, a perseverar no cuidado da plantinha germinada, até que ela se torne árvore frondosa. Faze-nos generosos para compartilhar os seus frutos e sua sombra com todos os irmãos de caminhada. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
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