meu dia em oração
Pai, ensina-nos a partilhar o que temos e o que somos com os irmãos
O profeta Jeremias apresenta duas alternativas, os dois caminhos: confiar no homem ou em Deus. E, com belas comparações, como árvores plantadas no deserto ou à beira d’água, mostra que são benditos os que depositam a sua segurança nas mãos ternas e poderosas do Senhor.
1ª Leitura
Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, que busca apoio na carne e cujo coração se afasta do Senhor. Será como a árvore solitária no deserto, que não chega a ver a chuva: habitará no deserto abrasador, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no Senhor e nele deposita a sua segurança. Ele será como a árvore plantada à beira d’água e que solta raízes em direção ao rio. Não teme quando vem o calor, e suas folhas estão sempre verdes; no ano da seca, não se perturba, e não para de dar frutos. O coração é mais enganador que qualquer outra coisa e dificilmente se cura: quem de nós pode entendê-lo? Eu, o Senhor, penetro o coração e sondo os pensamentos, para pagar a cada um conforme o seu comportamento e segundo o fruto de suas ações. (Jr 17,5-10)
Salmo ou Hino
Feliz o homem que não vai ao conselho dos injustos. Pelo contrário: seu prazer está na Lei do Senhor. Ele é como árvore plantada junto d’água corrente: dá fruto no tempo devido, e suas folhas nunca murcham. Tudo o que ele faz é bem sucedido. Não são assim os injustos! Pelo contrário: são como palha que o vento arrebata. Porque o Senhor conhece o caminho dos justos. (Sl 1,1-4.6)
Evangelho do dia
Naquele dia, Jesus contou uma parábola aos seus discípulos: «Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino, e dava banquete todos os dias. E um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, que estava caído à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E ainda vinham os cachorros lamber as suas feridas. Aconteceu que o pobre morreu, e os Anjos o levaram para junto de Abraão. Morreu também o rico, e foi enterrado. No inferno, em meio aos tormentos, o rico levantou os olhos, e viu de longe Abraão, com Lázaro a seu lado. Então o rico gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque este fogo me atormenta’. Mas Abraão respondeu: ‘Lembre-se, filho: você recebeu seus bens durante a vida, enquanto Lázaro recebeu males. Agora, porém, ele encontra consolo aqui, e você é atormentado. Além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, nunca poderia passar daqui para junto de vocês, nem os daí poderiam atravessar até nós’. O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa de meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não acabem também eles vindo para este lugar de tormento’. Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os profetas: que os escutem!’ O rico insistiu: ‘Não, pai Abraão! Se um dos mortos for até eles, eles vão se converter’. Mas Abraão lhe disse: ‘Se eles não escutam a Moisés e aos profetas, mesmo que um dos mortos ressuscite, eles não ficarão convencidos’.» (Lc 16,19-31)
Vivendo a Palavra
Somos nós, hoje, os irmãos-que-ainda-estão-na-terra daquele homem rico da parábola. Portanto, há tempo: estamos vivos e temos ‘Moisés e os Profetas’ nos ensinando, isto é, temos as Sagradas Escrituras e a Igreja, com a sua Tradição e o Magistério, acompanhando-nos na volta à Casa Paterna. Estejamos atentos e acolhamos em nossa casa os pobres Lázaros que peregrinam ao nosso lado.
Oração Final
Pai querido, que és a nossa Luz, dá-nos um coração generoso. Faze-nos desapegados dos bens passageiros do mundo. Ensina-nos a partilhar tudo o que temos e o que somos com nossos companheiros peregrinos desta terra encantada que nos emprestas para ser cuidada e partilhada. Faze-nos agradecidos, pois sabemos que tudo é dom de tua Graça. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Como foi seu momento de oração?
Que mensagem ficou em seu coração? Deixe seus comentários.