meu dia em oração
O Reino é puro amor e gratuidade
O Senhor ordena a Ezequiel e o Profeta ‘representa’, por antecipação, o drama da futura deportação para a Babilônia. Era o meio de que ele dispunha para levar o povo à consciência de sua traição, ao arrependimento e à busca do perdão que, no Evangelho, Jesus declara infinito da parte do Pai Misericordioso.
1ª Leitura
Recebi a seguinte mensagem do Senhor: «Criatura humana, você está morando numa casa de rebeldes. Eles têm olhos para ver, mas não veem; têm ouvidos para ouvir, mas não ouvem; são de fato uma casa de rebeldes. Pois bem, criatura humana, arrume sua bagagem de exilado e vá para o exílio, em pleno dia, à vista deles. Caminhe de um lugar para outro, à vista deles. Quem sabe eles percebam que são uma casa de rebeldes. Arrume sua bagagem como se fosse bagagem de exilado, em pleno dia, à vista deles. À tarde, à vista deles, saia como quem está indo para o exílio. E à vista deles, faça um buraco no muro e saia por aí. Ainda à vista deles, coloque nas costas a bagagem: você vai partir à noite, e cobrirá os olhos para não ver o país. Farei de você um sinal para a casa de Israel». Então eu fiz tudo o que me fora mandado. Durante o dia, tirei a minha bagagem como se fosse bagagem de exilado. E à tarde, fiz um buraco no muro, sem ferramenta, e parti ao escurecer, levando a bagagem nas costas, bem à vista deles. Na manhã seguinte, recebi do Senhor esta mensagem: «Criatura humana, a casa de Israel, essa casa de rebeldes, não perguntou: ‘O que é que você está fazendo aí?’ Pois então diga a eles: Assim diz o Senhor : Este oráculo se refere a Jerusalém e a toda a casa de Israel que vive nela. Diga também: Eu sou um sinal para vocês. Conforme eu fiz, assim acontecerá com eles. Irão cativos para o exílio. Até o chefe que há no meio deles carregará suas coisas nas costas e sairá de noite pelo buraco, que será feito no muro para ele poder sair. Ele cobrirá o rosto para não ver o país. (Ez 12,1-12)
Salmo ou Hino
Povo meu, dá ouvidos à minha Palavra. Vou abrir minha boca em parábolas, vou expor enigmas do passado. O que nós ouvimos, nós o contaremos: os louvores do Senhor e as maravilhas que realizou. Porque Ele estabeleceu uma norma para Jacó e deu uma Lei para Israel: ordenou aos nossos pais que as transmitissem a seus filhos. Escolheu Davi, seu servo, e o tirou do aprisco das ovelhas para apascentar Jacó, seu povo. (Sl 78,7c.56-59.61-62)
Evangelho do dia
Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus, e perguntou: «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não lhe digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, levaram a ele um que devia dez mil talentos. Como o empregado não tinha com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, ajoelhado, suplicava: ‘Dá-me um prazo. E eu te pagarei tudo’. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado, e lhe perdoou a dívida. Ao sair daí, esse empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia cem moedas de prata. Ele o agarrou, e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague logo o que me deve’. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dê-me um prazo, e eu pagarei a você’. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão, e lhe contaram tudo. O patrão mandou chamar o empregado, e lhe disse: ‘Empregado miserável! eu lhe perdoei toda a sua dívida, porque você me suplicou. E você, não devia também ter compaixão do seu companheiro, como eu tive de você?’ O patrão indignou-se, e mandou entregar esse empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que fará com vocês o meu Pai que está no céu, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.» Quando Jesus acabou de dizer essas palavras, Ele partiu da Galileia, e foi para o território da Judeia, no outro lado do rio Jordão. (Mt 18,21-19,1)
Vivendo a Palavra
Voltemos ao texto lido: «Não lhe digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete! Porque o Reino do Céu é como um rei…» Deve encantar-nos na parábola, o perdão sem medidas oferecido pelo Pai e anunciado pelo Filho, o Cristo Jesus. Na Misericórdia não cabe apegos, contabilidade, nem cobrança de méritos pessoais e, muito menos, de reconhecimento. O Reino é puro amor e gratuidade.
Oração Final
Pai muito querido, não permitas que nos tornemos pessoas acostumadas com as regras de mercado que vigoram na nossa sociedade de consumo. Faze-nos capazes de perdoar com alegria e sem medidas, assim como alegre e sem limites é o teu Perdão. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Como foi seu momento de oração?
Que mensagem ficou em seu coração? Deixe seus comentários.