meu dia em oração
No Reino do Céu, o que importa é a gratuidade do amor
Joatão era o mais novo dos setenta filhos de Jeroboão, o único que sobrevivera ao extermínio praticado por Abimelec – filho do mesmo Jeroboão, mas com uma concubina. Abimelec havia sido proclamado rei de Siquém. O texto (do Livro de Juízes) é uma fábula alusiva ao fato.
1ª Leitura
Depois, os senhores de Siquém e de Bet-Melo se reuniram perto do carvalho da estela que está em Siquém e proclamaram Abimelec como rei. Quando Joatão soube disso, subiu ao topo do monte Garizim, e gritou: «Ouçam-me, senhores de Siquém, para que Deus também ouça vocês. Certo dia, as árvores se puseram a caminho para ungir um rei que reinasse sobre elas. Disseram à oliveira: ‘Reine sobre nós’. A oliveira respondeu: ‘Vocês acham que vou deixar o meu azeite, que honra deuses e homens, para ficar balançando sobre as árvores?’ Então as árvores disseram à figueira: ‘Venha você, e reine sobre nós’. A figueira respondeu: ‘Vocês acham que vou deixar o meu doce fruto saboroso, para ficar balançando sobre as árvores?’ Então as árvores disseram à videira: ‘Venha você, e reine sobre nós’. A videira respondeu: ‘Vocês acham que vou deixar meu vinho novo, que alegra deuses e homens, para ficar balançando sobre as árvores?’ Então todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Venha você, e reine sobre nós’. Então o espinheiro respondeu às árvores: ‘Se vocês querem mesmo me ungir para reinar sobre vocês, venham e se abriguem debaixo da minha sombra. Senão, sairá fogo do espinheiro e devorará os cedros do Líbano’.» (Jz 9,6-15)
Salmo ou Hino
Senhor, o rei se alegra com tua força! Concedeste o desejo do seu coração, e não lhe negaste o pedido de seus lábios. Pois Tu o precedeste com grandes bênçãos, colocaste uma coroa de ouro em sua cabeça. Ele Te pediu vida, e Tu a concedeste, dias sem fim. Tua vitória engrandeceu a fama dele, Tu o vestiste com honra e esplendor. Tu o estabeleces como bênção. (Sl 21,2-7)
Evangelho do dia
Jesus contou a seus discípulos esta parábola: «De fato, o Reino do Céu é como um patrão, que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo. Viu outros que estavam desocupados na praça e lhes disse: ‘Vão vocês também para a minha vinha. Eu lhes pagarei o que for justo’. E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa. Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que vocês estão o dia inteiro desocupados?’ Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Vão vocês também para a minha vinha’. Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chame os trabalhadores, e pague uma diária a todos. Comece pelos últimos, e termine pelos primeiros’. Chegaram aqueles que tinham sido contratados pelas cinco da tarde, e cada um recebeu uma moeda de prata. Em seguida chegaram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. No entanto, cada um deles recebeu também uma moeda de prata. Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: ‘Esses últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor do dia inteiro!’ E o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto com você. Não combinamos uma moeda de prata? Tome o que é seu, e volte para casa. Eu quero dar também a esse, que foi contratado por último, o mesmo que dei a você. Por acaso não tenho o direito de fazer o que eu quero com aquilo que me pertence? Ou você está com ciúme porque estou sendo generoso?’ Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos.» (Mt 20,1-16a)
Vivendo a Palavra
A parábola quer nos fazer compreender que no Reino do Céu não prevalece a nossa contabilidade de créditos, débitos e saldo, mas o que conta é a gratuidade do Amor. Ela se põe aqui como um convite para que nós nos guiemos, nesta terra abençoada em que vivemos, pela Lei do Amor generoso, esquecendo-nos de nossas continhas miúdas do toma lá, dá cá…
Oração Final
Pai Santo, faze-nos agradecidos pelos dons e talentos que recebemos de tua misericórdia de Pai que também é Mãe. Ensina-nos o desapego, para compartilhá-los generosamente com os companheiros de peregrinação nesta vida. Queremos seguir os passos do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Como foi seu momento de oração?
Que mensagem ficou em seu coração? Deixe seus comentários.