meu dia em oração
A partilha generosa é o caminho para o Reino do Pai
A Escritura reconhece que os inevitáveis sofrimentos humanos – a dor, a fadiga, a solidão, a fome, a sede e até a morte – fazem parte da vida e têm a sua origem na nossa desobediência ao projeto do Criador, na transgressão que fazemos ao Mandamento recebido. Mas o mesmo Deus, que castiga para ensinar, também faz túnicas de pele para proteger os humanos.
1ª Leitura
O Senhor Deus chamou o homem: «Onde está você?» O homem respondeu: «Ouvi teus passos no jardim: tive medo, porque estou nu, e me escondi». O Senhor Deus continuou: «E quem lhe disse que você estava nu? Por acaso você comeu da árvore de que Eu tinha proibido comer?» O homem respondeu: «A mulher que me deste por companheira deu-me o fruto, e eu comi.» O Senhor Deus disse para a mulher: «O que foi que você fez?» A mulher respondeu: «A serpente me enganou, e eu comi». Então o Senhor Deus disse para a serpente: «Por ter feito isso, você é maldita entre todos os animais domésticos e entre todas as feras. Você se arrastará sobre o ventre e comerá pó todos os dias de sua vida. Eu porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e os descendentes dela. Estes vão lhe esmagar a cabeça e você ferirá o calcanhar deles». O Senhor Deus disse então para a mulher: «Vou fazê-la sofrer muito em sua gravidez: entre dores você dará à luz seus filhos; a paixão vai arrastar você para o marido e ele a dominará». O Senhor Deus disse para o homem: «Já que você deu ouvidos à sua mulher e comeu da árvore cujo fruto Eu lhe tinha proibido comer, maldita seja a terra por sua causa. Enquanto você viver, você dela se alimentará com fadiga. A terra produzirá para você ervas daninhas, e você comerá a erva dos campos. Você comerá seu pão com o suor do seu rosto, até que volte para a terra, pois dela foi tirado. Você é pó, e ao pó voltará». O homem deu à sua mulher o nome de Eva, por ser ela a mãe de todos os que vivem. O Senhor Deus fez túnicas de pele para o homem e sua mulher e os vestiu. Depois o Senhor Deus disse: «O homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal. Que ele, agora, não estenda a mão e colha também da árvore da vida e viva para sempre». Então o Senhor Deus expulsou o homem do jardim de Éden para cultivar o solo de onde fora tirado. Expulsou o homem e colocou diante do jardim os Querubins e a espada chamejante, para guardar o caminho da árvore da vida. (Gn 3,9-24)
Salmo ou Hino
Senhor, Tu foste nosso refúgio de geração em geração. Antes que os montes nascessem e o mundo fosse gerado, Tu és Deus. Tu reduzes o homem ao pó, dizendo: «Voltem, filhos de Adão!» Mil anos são aos teus Olhos como o dia de ontem, que passou, uma vigília dentro da noite. Tu os semeias ano por ano, como erva que se renova: de manhã ela germina e brota. De tarde a cortam e ela seca. Ensina-nos a contar nossos anos, para que tenhamos coração sensato! Volta-Te, Senhor! Tem compaixão dos teus servos! (Sl 90,1-6.12-13)
Evangelho do dia
Naquele dia, havia de novo uma grande multidão, e não tinham o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: «Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não têm nada para comer. Se Eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe.» Os discípulos disseram: «Onde alguém poderia saciar essa gente de pão, aqui no deserto?» Jesus perguntou: «Quantos pães vocês têm?» Eles responderam: «Sete.» Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois pegou os sete pães, agradeceu, partiu-os e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também. Comeram, ficaram satisfeitos e recolheram sete cestos dos pedaços que sobraram. Eram mais ou menos quatro mil. E Jesus os despediu. Jesus entrou na barca com seus discípulos e foi para a região de Dalmanuta. (Mc 8,1-10)
Vivendo a Palavra
A partilha é o caminho e já a própria chegada ao Reino do Pai. Enquanto o Mestre se compadece e pensa no povo faminto, os discípulos param diante da dificuldade do momento. Faltava-lhes – e não raras vezes falta também para nós… – confiança no Poder do Amor e generosidade para colocar em comum os poucos pães que possuíam. Faltava-lhes – e, repetimos, não raras vezes falta também a nós… – a ousadia da fé.
Oração Final
Pai amado, desperta teu Poder e vem nos salvar! Muitos companheiros de caminhada nesta terra sofrem as consequências do egoísmo, que a nossa sociedade cultiva como virtude. Poucos acumulam o que falta para as multidões. Faze de nós profetas da Justiça e da Fraternidade, caminho privilegiado para alcançar a Paz do Reino que prometeste. Por Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Como foi seu momento de oração?
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