meu dia em oração
A justiça vai à sua frente e a glória de Deus o acompanhará
A leitura é do Terceiro Isaías. Foi escrito depois do exílio babilônico. O Profeta encoraja o povo a manter-se fiel e reconstruir a Cidade e o Templo. No texto, a visão do jejum agradável ao Senhor: não um ato externo, formal, mas uma atitude de vida santa, solidária com os irmãos.
1ª Leitura
Grite a plenos pulmões, sem parar; solte como trombeta o som da sua voz; mostre ao meu povo os seus crimes e faça a casa de Jacó conhecer os seus pecados. Dia após dia, eles parecem me procurar, mostram desejo de conhecer os meus Caminhos; parecem povo que pratica a justiça e que nunca se esquece do direito do seu Deus. Eles vêm me pedir as regras da justiça, eles querem estar perto de Deus. E dizem: «Por que jejuamos, e Tu não viste? Por que nos humilhamos totalmente, e nem tomaste conhecimento?» Acontece que, mesmo quando estão jejuando, vocês só cuidam dos próprios interesses e continuam explorando quem trabalha para vocês. Vejam! Vocês jejuam entre rixas e discussões, dando socos sem piedade. Não é jejuando dessa forma que farão chegar lá em cima a voz de vocês. Vejam! O jejum que Eu aprecio, o dia em que uma pessoa procura se humilhar, não deve ser desta maneira: curvar a cabeça como se fosse uma vara, deitar de luto na cinza… É isso que vocês chamam de jejum, um dia para agradar ao Senhor? O jejum que Eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e despedaçar qualquer jugo; repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu, e não se fechar à sua própria gente. Se você fizer isso, a sua luz brilhará como a aurora, suas feridas vão sarar rapidamente, a justiça que você pratica irá à sua frente e a glória do Senhor virá acompanhando você. Então você clamará, e o Senhor responderá; você chamará por socorro, e o Senhor responderá: «Estou aqui!» (Is 58,1-9a)
Salmo ou Hino
Tem piedade de mim, ó Deus! Por tua Compaixão, apaga minha culpa! Lava-me da minha injustiça! Porque eu reconheço a minha culpa, e o meu pecado está sempre na minha frente; pequei contra Ti, praticando o que é mau. Pois Tu não queres sacrifício, e nenhum holocausto Te agrada. Meu sacrifício é um espírito contrito. Um coração contrito Tu não o desprezas. (Sl 51,3-6a.18-19)
Evangelho do dia
Naquele dia, os discípulos de João se aproximaram de Jesus e perguntaram: «Nós e os fariseus fazemos jejum. Por que os teus discípulos não fazem jejum?» Jesus respondeu: «Vocês acham que os convidados de um casamento podem estar de luto, enquanto o Noivo está com eles? Mas chegarão dias em que o Noivo será tirado do meio deles. Aí então eles vão jejuar.» (Mt 9,14-15)
Vivendo a Palavra
O jejum que se costumava pedir ao povo era um ato restrito aos sinais externos – rosto triste, roupa de sacos, cinza na cabeça… – e o vazio, a aridez nos corações. Não era a isso que Jesus visava. Ele queria de seu povo e deseja de sua Igreja: Justiça, fraternidade, compaixão e solidariedade; em resumo: Amor a Deus, que se manifesta no cuidado com os irmãos.
Oração Final
Pai Santo, que nesta quaresma meu jejum signifique luta contra as minhas paixões e o esforço para melhorar minha relação comigo mesmo. Que eu reconheça os talentos que Tu, amado Pai, me ofereces; que eu os acolha com gratidão e os desenvolva, para oferecê-los, maduros, no serviço aos irmãos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Como foi seu momento de oração?
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