meu dia em oração

As ricas reflexões de hoje nos levam a meditar sobre a brevidade da existência humana. O tempo foge! Setenta – oitenta, ou quem sabe, noventa… – anos? Debaixo do sol, nenhuma novidade. Oremos com o salmista: que a bondade do Senhor nos ensine a buscar um coração sensato.

1ª Leitura

Ó suprema fugacidade, diz Coélet, ó suprema fugacidade! Tudo é fugaz! Que proveito tira o homem de todo o trabalho com que se afadiga debaixo do sol? Geração vai, geração vem, e a terra permanece sempre a mesma. O sol se levanta, o sol se põe, voltando depressa para o lugar de onde novamente se levantará. O vento sopra para o sul, depois gira para o norte e, girando e girando, vai dando as suas voltas. Todos os rios correm para o mar, e o mar nunca transborda; embora cheguem ao fim do seu percurso, os rios sempre continuam a correr. Toda explicação fica pela metade, pois o homem não consegue terminá-la. O olho não se farta de ver, nem o ouvido se farta de ouvir. O que aconteceu, de novo acontecerá; e o que se fez, de novo será feito: debaixo do sol não há nenhuma novidade. Às vezes, ouvimos dizer: «Veja: esta é uma coisa nova!» Mas ela já existiu em outros tempos, muito antes de nós. Ninguém se lembra dos antigos, e aqueles que existem não serão lembrados pelos que virão depois deles. (Ecl 1,2-11)

Salmo ou Hino

Senhor, Tu foste o nosso refúgio de geração em geração. Antes que a terra e o mundo fossem gerados, desde sempre Tu és Deus. Mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem, uma vigília dentro da noite. Setenta anos é o tempo da nossa vida, oitenta anos, se ela for vigorosa. E a maior parte deles é fadiga inútil, pois passam depressa. Ensina-nos a contar os nossos anos, para que tenhamos coração sensato! Que a bondade do Senhor venha sobre nós e confirme a obra de nossas mãos. (Sl 90,1.3-6.12-14.17)

Evangelho do dia

O governador Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo e ficou sem saber o que pensar, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos; outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Herodes disse: «Eu mandei degolar João. Quem é esse Homem, sobre quem ouço falar essas coisas?» E queria ver Jesus. (Lc 9,7-9)

Vivendo a Palavra

Nos versículos precedentes, Lucas narrara as maravilhas operadas pelos discípulos de Jesus, enviados por Ele para anunciar o Reino de Deus. Por isso, Herodes se enchia de curiosidade. Hoje, o Pai Misericordioso continua sua obra encantadora da Criação que nos envolve, e muitos desejam conhecer melhor os caminhos do Reino – o verdadeiro Amor.

Oração Final

Pai muito amado, assim como Herodes queria ver Jesus, também nós estamos fascinados e queremos mergulhar no Mistério da Encarnação do teu Verbo Criador. Livra-nos da tentação de nos acomodarmos em ideias e conceitos rígidos e estáticos, mas inspira-nos para que vejamos a tua Unidade na infinita pluralidade de tuas manifestações. Por Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.