Unir os elos, potencializar a conexão, a ação missionária e a ação pastoral entre os diversos segmentos da Igreja, na Arquidiocese de Belo Horizonte. Essa é a principal missão dos Vicariatos Especiais, instituídos pelo arcebispo dom Walmor Oliveira de Azevedo, com a importante missão de promover, ainda mais, a sintonia entre as ações da Igreja. Instituições diversas, com múltiplas vocações, mas que se fortalecem quando se articulam, seguindo o Projeto de Evangelização Arquidiocesano. Os Vicariatos Episcopais Especiais são: para Ação Pastoral (VEAP), para a Ação Missionária (VEAM), para a Comunicação (VEAC), para a Educação (VEE), para a Ação Social, Política e Ambiental (Veaspam) e o Sistema Integrado de Ação Paroquial (SIASP).
Pároco emérito da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, padre Judas Tadeu Vivas foi o primeiro vigário geral da Arquidiocese de Belo Horizonte. O sacerdote lembra que não é possível trabalhar sozinho, “cada um em seu canto”. É preciso caminhar junto. Assim, padre Judas recorda que o arcebispo dom Walmor, ao instituir os vicariatos especiais, com grande sensibilidade, vivenciou a profecia de uma Igreja Sinodal. Padre Judas observa que a estrutura dos vicariatos se apoia em três pilares: a comunhão, a participação e a missão. “Em sua ordenação, dom Walmor já sentiu a necessidade de uma articulação de pessoas diferentes, em lugares diversos, vivenciando experiências insubstituíveis”, recordou o sacerdote, lembrando ainda que o Arcebispo trouxe para a atuação dos vicariatos elementos de sua sensibilidade: “A ternura e o acolhimento do verdadeiro pastor.”
Os Vicariatos especiais colaboram de forma muito importante na ampla integração entre as diversas ações da Igreja, que dão respostas aos anseios da sociedade, e do nosso tempo, especialmente no acolhimento integral aos mais pobres. Propiciam que as ações das diversas instituições e organismos sejam integradas, servindo mais e melhor aos mais pobres, às crianças, aos idosos, aos enfermos, aos esquecidos, aos que mais precisam, a todo o povo de Deus. Se consolidam como articuladores, promotores e assessores das ações, iniciativas e projetos da Igreja em âmbito paroquial, forâneo e regional.
O vigário geral da Arquidiocese de Belo Horizonte, monsenhor Nédio Lacerda, faz uma comparação interessante: se pensarmos em uma grande e completa orquestra, onde todos os diferentes instrumentos, com suas peculiaridades, atuam em harmonia, os vicariatos seriam como os maestros, que proporcionam esta unidade das ações. Orquestrando iniciativas, trazem respostas novas, importantes em todos os segmentos da sociedade, desde a Casa Comum, até os cuidados com os mais pobres e suas famílias. Padre Nédio recorda que a esperança e confiança no futuro está nas firmes ações desempenhadas pela Arquidiocese no presente. “Dom Walmor teve essa intuição, com muita sensibilidade percebeu a importância de se criar os vicariatos e do trabalho que seria desenvolvido por eles.”
Monsenhor Nédio lembra que os vicariatos também ampliaram os campos de atuação da Arquidiocese nas comunidades de fé, nas vilas e favelas, nos condomínios e edifícios. Incentivando práticas, conscientizando sobre novos hábitos, acompanhando todas as realidades em seus territórios. O sacerdote sublinha também os cuidados com a Casa Comum: “A ação efetiva que desenvolvemos hoje é que vai nos garantir o amanhã.”