A professora Luciamara Trevizan é uma das assistentes episcopais nomeadas por dom Walmor para os vicariatos episcopais especiais: protagonismo das mulheres que estão à frente de muitas iniciativas na Arquidiocese de Belo Horizonte, exercendo liderança
Na Arquidiocese de Belo Horizonte, o cuidadoso olhar feminino está fortemente inscrito no exercício da liderança, a partir do trabalho dedicado e inovador de muitas mulheres, com sólida experiência, em variadas áreas do conhecimento e atividades pastorais. O protagonismo das mulheres, na Arquidiocese de Belo Horizonte, é cada vez mais incentivado. “Um sinal de que dom Walmor vem colocando em prática aquilo que o Papa Francisco está pedindo: mulheres na liderança de trabalhos importantes na Igreja”, observa Lucimara Trevizan, assistente episcopal no Vicariato para Ação Pastoral (Veap). “Percebe-se uma valorização do pensar feminino em nossa Arquidiocese, o que potencializa as ações evangelizadoras e as iniciativas apostólicas”, completa a Irmã Adriane Maria, assessora do Movimento Apostólico de Schoenstatt e integrante do Conselho de Reitores dos Santuários Arquidiocesanos.
Fortalecendo a evangelização
Iniciativas inéditas de fortalecimento do protagonismo das evangelizadoras marcam a trajetória da Arquidiocese de Belo Horizonte: em 2020, dom Walmor nomeou a Irmã Adriane Maria como coordenadora do Conselho de Reitores dos Santuários Arquidiocesanos – a primeira mulher à frente do Conselho. “O motivo de minha nomeação, segundo Dom Walmor, foi a sensibilidade feminina, capaz de exercer a liderança com uma abrangência diferenciada. Eu acolhi a nomeação para ser instrumento a serviço de nossa Arquidiocese, legado recebido pelo Padre Kentenich, fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt, que nos ensinou a cultivar um grande amor à Igreja e à sua missão”, recorda a Irmã.
No ano de 2024, uma ação também inédita foi vivenciada na Arquidiocese de Belo Horizonte, quando o arcebispo dom Walmor confiou às mulheres cargos estratégicos e de liderança nos vicariatos episcopais especiais. Foram nomeadas assistentes episcopais em todos os vicariatos, para partilhar, com os vigários episcopais especiais, o desafio de coordenar e liderar muitas iniciativas pastorais . “Essas nomeações foram muito importantes, louváveis. São olhares femininos que se complementam ao masculino, com outra maneira de compreender o mundo. As assistentes episcopais são mulheres competentes que dão fôlego novo em suas áreas de atuação”, sublinha Lucimara Trevizan.
Na Arquidiocese de Belo Horizonte, a sensibilidade feminina coordena secretariados, como o do Dízimo e o Bíblico-Catequético, e está também nas pastorais, nos vicariatos, nas regiões episcopais, nas foranias. As mulheres lideram também importantes e inovadores trabalhos com as juventudes e comunidades de fé. “Temos, por exemplo, grande liderança feminina na catequese, são pessoas bem preparadas. Importante lembrar que a catequese tem hoje essa competência relevante, porque houve um investimento de nossa Arquidiocese na formação, seja por meio das paroquias, das foranias”, observa Lucimara Trevizan, recordando ainda o investimento significativo que vem sendo intensificado no trabalho com o Dízimo, assim como em vários outros segmentos, como os grupos bíblicos de reflexões, coordenados, em sua maioria, por mulheres. “Damos graças a Deus por esse olhar de dom Walmor.”
A presença feminina é uma força com resultados concretos. Lucimara recorda o papel das mulheres como semeadoras da Laudato Si’ – encíclica do Papa Francisco que relaciona a vivência da fé com a responsabilidade no cuidado do planeta. O grupo Semeadores da Laudato Si’, vinculado ao Vicariato Episcopal para Ação Social Política e Ambiental (Veaspam), busca levar às paróquias as diretrizes do Papa Francisco sobre o papel cristão no cuidado com a Casa Comum. A presença feminina é forte na formação de leigos, ajudando outras mulheres a também se destacarem na ação evangelizadora.
E qual a grande relevância desse crescente protagonismo feminino na Arquidiocese de Belo Horizonte? Com razão e sensibilidade, Irmã Adriane Maria responde: “Recordo Maria Santíssima, a grande missionária, como exemplo de ação empreendedora, com sua ternura e sensibilidade, quando, nas bodas de Caná, agiu em favor dos que necessitavam do milagre de seu Filho. De modo semelhante, a atuação feminina na Arquidiocese pode fortalecer sempre mais muitas iniciativas, a partir do olhar abrangente e restaurador da mulher.”