Dedicação ao patrimônio histórico-cultural de Minas Gerais

A Capela de Santana, do século 18, em Belo Vale, foi restaurada com o acompanhamento técnico de especialistas do Memorial Arquidiocesano

Em um importante e iluminado passo para a preservação da história, foi instituído, de modo pioneiro, em agosto de 2005, o Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte, com o objetivo de desenvolver dinâmicas de proteção, pesquisa, promoção e divulgação dos bens culturais arquidiocesanos. O Memorial é presidido por um conselho-diretor, nomeado pelo Arcebispo. “A importância do Memorial Arquidiocesano está justamente nesta promoção dos esforços de preservação dos bens culturais da nossa Arquidiocese, reunindo agentes e competências técnicas, consolidadas em suas quatro unidades: Arquivo Arquidiocesano, Inventário do Patrimônio Cultural, Centro de Promoção e Divulgação Religiosa e Museu Arquidiocesano de Arte Sacra”, sublinha Maria Goretti Gabrich, coordenadora do Memorial.  As diversas frentes de trabalho do Memorial atuam nas ações de gestão da memória cultural católica, relacionadas à preservação, conservação e recuperação de bens patrimoniais.

Além do acompanhamento técnico, o Memorial Arquidiocesano promove o diálogo com o poder público e a iniciativa privada, mostrando a importância da proteção dos bens culturais ligados à religiosidade. Na foto, o processo de restauro da Capela de Santo Antônio de Pompeu, em Sabará. A Igreja é do século 18.

Ampliando ainda mais a sua ação, em 2016, o Memorial Arquidiocesano foi vinculado ao Vicariato Episcopal para Ação Missionária. “Esse importante gesto do arcebispo dom Walmor expandiu as ações do Memorial sob o ponto de vista missionário, na realização de assessorias às paróquias dos 28 municípios ligados à Arquidiocese de Belo Horizonte, principalmente na identificação, preservação e conservação dos bens culturais de caráter material e imaterial”, explica Maria Goretti.

O Memorial Arquidiocesano também organiza exposições de seu acervo, a exemplo da Exposição dedicada ao centenário da Arquidiocese de Belo Horizonte, organizada em 2021, no Museu Mineiro

O Memorial Arquidiocesano desenvolve projetos de recuperação e restauração dos bens culturais – móveis e imóveis -, conseguindo devolver às comunidades parte de sua composição identitária. São dezenas de bens restaurados e entregues às comunidades, desde a sua criação pelo arcebispo Dom Walmor. “Recentemente, para citar um exemplo, houve a restauração da Capela de Santana, em Belo Vale, juntamente com a instituição de um memorial expositivo em seu interior, assim como a restauração da Capela de Santo Antônio de Pompeu, em Sabará”, recorda Gabrich.

Em âmbito educacional, Maria Goretti lembra que uma ação muito importante está ligada ao Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis, o qual compõe o complexo arquitetônico da Pampulha, e que desde 2016 possui o título de Patrimônio da Humanidade pela Unesco. “O Memorial Arquidiocesano busca integrar a percepção religiosa que o Santuário apresenta por meio da arte, religiosidade e da fé. Contando com ações educativas proporciona melhor experiência e fruição artística aos seus fiéis e visitantes, além de ampliar diálogos entre a comunidade e o patrimônio cultural.”