A serviço da Igreja em Minas e no Brasil

Dom Walmor Oliveira de Azevedo foi o primeiro arcebispo da Arquidiocese de Belo Horizonte a presidir a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Eleito em 2019, dom Walmor dedicou-se à presidência da Conferência Episcopal em um dos momentos mais desafiadores da história, marcado pela forte polarização política e a grave crise provocada pela pandemia da COVID-19

Sempre acolher o chamado da Igreja. Uma diretriz abraçada por dom Walmor, também nestas duas décadas no ministério de arcebispo metropolitano de Belo Horizonte. Por isso, no exercício da missão e arcebispo, dom Walmor sempre buscou contribuir com a Igreja em todo o mundo. Na centenária história da Arquidiocese de Belo Horizonte, foi o primeiro Arcebispo a presidir a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de 2019 a 2023, em um dos períodos mais desafiadores da história do país, ferido pela pandemia da COVID-19 e politicamente polarizado. Anteriormente, o Arcebispo serviu também ao povo de Deus, na presidência do regional Leste 2, da CNBB, de 2007 a 2011.  Presidiu a Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB em dois exercícios – de 2003 a 2007  e de 2007 a 2011. Integrou também a equipe de tradutores da Bíblia, versão oficial da CNBB. “Dom Walmor possui uma capacidade ímpar para abrir horizontes e descortinar caminhos. Como um artista, ele consegue antever a escultura na pedra bruta. E desenha os passos com maestria para que os projetos sejam realizados”, observa o arcebispo da Arquidiocese de Goiânia, dom João Justino de Medeiros Silva, acrescentando: “Dom Walmor tem também um lado místico, de sensibilidade singular na escuta da Palavra. É homem de oração e de um coração muito generoso. Seu Ministério muito enriquece o episcopado brasileiro.”

Em 2019, o Papa Francisco recebe a presidência da CNBB: comunhão, unidade e fidelidade ao magistério do Pontífice na dedicação à Igreja do Brasil

Com dom Walmor na presidência, e desafiada pela pandemia, a CNBB avançou aceleradamente em processos de digitalização e em novas formas de se fazer presente na vida de cada pessoa. Ao lado de instituições com reconhecida credibilidade, a Conferência Episcopal integrou o Pacto pela Vida e pelo Brasil, oferecendo contraponto às notícias falsas que buscaram desqualificar as vacinas e o necessário distanciamento social, no momento mais crítico da pandemia. Outro avanço importante foi a criação da Campanha Junho Verde, que se tornou Lei Federal, a partir de projeto proposto pela CNBB, à luz da Carta Encíclica Lautado Si’ – sobre o cuidado com a casa comum, do Papa Francisco.  “A recente atuação de dom Walmor como presidente da CNBB deixou avanços diversos e importantes para a instituição. Seu fino trato com todas as pessoas nos remete ao Bom Pastor que conhece as ovelhas pelo nome e lhes conduz aos verdes prados e fontes de límpidas águas. Deus seja louvado pela vida, vocação e ministério de Dom Walmor. Eu o tenho como mestre da fé, do serviço ao Reino e do pastoreio”, sublinha dom Justino, que atualmente é primeiro vice-presidente da CNBB.

 

Em visita a Roraima, divisa do Brasil com a Venezuela, dom Walmor, no exercício da presidência da CNBB, ajuda na acolhida aos migrantes que buscam fugir da crise sociopolítica que ameaça os venezuelanos

Dedicação ao Vaticano

 

O Papa Bento XVI e, posteriormente, o Papa Francisco, confiaram a dom Walmor duas importantes missões, nomeando-o para o Dicastério para a Doutrina da Fé e arcebispo referencial para fiéis do Rito Oriental residentes no Brasil. Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, na Itália, dom Walmor foi o representante do Brasil na XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos realizada, em 2008, em Roma. O arcebispo foi convocado pelo Papa Bento XVI para participar do Sínodo, sendo o arcebispo um dos quatro representantes do Brasil neste importante momento vivido pela Igreja.

Dom João Justino recorda que os seus anos passados na Arquidiocese de Belo Horizonte, como bispo auxiliar, foram de aprendizados que deixaram marcas expressivas em seu modo de servir como bispo: “Ali aprendi, de fato, o que é compartilhar a missão na sinodalidade. Dom Walmor tem muitos dons e sua criatividade é inspirada e inspiradora. É um bispo qualificado e um gestor nato.”

Nascido em Cocos na Bahia, dom Walmor recebeu a condecoração de cidadão honorário de Minas Gerais. Escritor, o Arcebispo é membro da Academia Mineira de Letras, desde 2007. Autor de importantes artigos, publicou relevantes obras como os livros Ética em diálogo (Editora Paulinas); Na Escola do Salvador (Editora PUC Minas); Comunidade e Missão no Evangelho de Marcos (Edições Loyola). Seus artigos, com relevantes reflexões sobre o nosso tempo, são publicados semanalmente, no jornal Estado de Minas, sites e portais de todo o Brasil.

Íntegra do depoimento de dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Goiânia (GO) e 1º  vice-presidente da CNBB

“Conheci Dom Walmor em 1980, quando ele retornara dos estudos em Roma e fora designado para a pastoral vocacional. Com minha ida para o seminário, fui seu aluno e formando. Depois, pude acompanhá-lo como membro da equipe de formadores em Juiz de Fora e na pastoral paroquial. A mais significativa experiência vivida com ele  foram os anos passados na Arquidiocese de Belo Horizonte como seu bispo auxiliar. Foi um quinquênio de aprendizados, que deixou marcas expressivas em meu modo de servir como bispo. Ali aprendi, de fato, o que é compartilhar a missão na sinodalidade. Dom Walmor tem muitos dons e sua criatividade é inspirada e inspiradora. É um bispo muito qualificado e um gestor nato. Possui uma capacidade ímpar para abrir horizontes e descortinar caminhos. Como um artista, ele antevê a escultura na pedra bruta. E desenha os passos com maestria para realizar os projetos. Ele tem um lado místico, sensibilidade singular na escuta da Palavra. É homem de oração e de um coração muito generoso. Seu ministério muito enriquece o episcopado brasileiro. Sua atuação recente como presidente da CNBB deixou avanços diversos e importantes para a instituição. Seu fino trato com todas as pessoas nos remete ao Bom Pastor que conhece as ovelhas pelo nome e lhes conduz aos verdes prados e fontes de límpidas águas. Deus seja louvado pela vida, vocação e ministério de Dom Walmor. Eu o tenho como mestre da fé, do serviço ao Reino e do pastoreio.”

Em 2010, dom Walmor, no exercício da presidência do Regional Leste 2 da CNBB, realiza visita ad limina ao Vaticano, com os bispos de Minas Gerais e do Espírito Santo. Durante a visita, o episcopado do Regional Leste 2 da CNBB esteve no Colégio Pio Brasileiro