Em primeiro de outubro do ano de 2011, efetivando uma diretriz da 2ª Assembleia do Povo de Deus, o arcebispo dom Walmor Oliveira de Azevedo ordenava os primeiros diáconos permanentes da Arquidiocese de Belo Horizonte. Um momento especial, que iluminou um novo caminho. Hoje, a Arquidiocese reúne 150 diáconos permanentes a serviço ao povo de Deus, fortalecendo a presença da Igreja em muitos lugares.
O Arcebispo recorda que foi percorrido longo caminho até que a Igreja Particular de Belo Horizonte se convencesse, por consenso, da importância do diaconato permanente, restaurado na Igreja pelo Concílio do Vaticano II. “A responsabilidade do diaconato permanente é missionária. Somos uma Igreja de servidores”, sublinha o arcebispo: “Dou graças a Deus pelo testemunho de tantos diáconos, de suas famílias e, especialmente, de suas esposas”. O arcebispo nos lembra ainda que o diaconato é uma semeadura, que fecunda a família e abre para o mundo uma compreensão mais profunda da vida, do Evangelho e do testemunho que cada cristão é chamado a dar.
Os diáconos permanentes vivem a dupla sacramentalidade – Matrimônio e Ordem – e, ainda, exercem uma profissão civil, missão com muitas particularidades. Dessa forma, o diácono permanente realiza sua vocação no âmbito familiar, profissional e eclesial. É um consagrado pelo sacramento da Ordem, mas, ao mesmo tempo, insere-se no cotidiano da maioria da população, evangelizando a partir de seu trabalho e de sua família. O diácono permanente, por meio de sua missão nas paróquias e comunidades, como servidor, deve apresentar testemunho evangélico e impulso missionário para que sejam apóstolos nas novas fronteiras da missão, explica o coordenador da Comissão Arquidiocesana para o Diaconato Permanente e Esposas (CADE) na Arquidiocese de Belo Horizonte, o diácono permanente Flávio Guimarães.
Flávio Guimarães sublinha que o diaconato é um ministério de serviço ao povo de Deus, exercido de forma gratuita e voluntária. O trabalho principal é extra paroquial, na diaconia da caridade: “Os diáconos estão presentes nas pastorais sociais; com os irmãos que vivem nas ruas; nos hospitais; nos presídios; nas escolas e nos colégios; nas zonas rurais; nas favelas; nas vilas e nos aglomerados; nos cortiços; nos condomínios e edifícios; nos conjuntos habitacionais; associações e organizações não governamentais. A família diaconal também está nos cemitérios, na realização das exéquias, levando a Eucaristia e a oração aos doentes”, recorda Flávio Guimarães, que acrescenta: “Cada vez mais, o diácono passa a exercer o seu ministério como uma oferta familiar. Com suas esposas e filhos, o diácono exerce um serviço de evangelização. “A diaconia do futuro é familiar. A família diaconal exerce o serviço da caridade junto aos mais necessitados, estão onde o padre e o bispo não podem estar presentes, fora do território paroquial”, recorda Flávio Guimarães.